A tendência para recorrer à eutanásia está a ganhar terreno, no entanto, este recurso fará com que os médicos não se empenhem tanto na medicina paliativa.
Caminhamos nitidamente para uma cultura da morte, porém isto só sucede porque não são facultados aos doentes os cuidados oportunos. Qualquer pessoa recusaria a ideia de eutanásia se dispusesse de alternativas ao seu sofrimento e os cuidados paliativos podem ser a alternativa. Isto porque, a paliação pode proporcionar ao doente uma ajuda eficaz contra a dor e um conveniente suporte psicológico que faria com que nenhum doente encarasse a morte como única opção.
Segundo Herbert Hendin, catedrático de psiquiatria de Nova York, “ a eutanásia identifica o médico com a morte, porque é o médico e, não a doença, que determina quando deve morrer o doente. Os médicos evitam os doentes terminais, mas a sua obrigação é permanecer junto deles, tratando-os quando não os podem curar (…). Se os médicos conhecessem melhor a medicina paliativa haveria menos casos de eutanásia. Quando alguém sabe que a sua doença é incurável, sente medo da dor. Por esse motivo o doente opta pela eutanásia, porque desconhece que os cuidados paliativos podem reduzir a dor e dar apoio e estabilidade ao doente.”
“Viver com a consciência certa de uma morte próxima é essencial para viver os últimos momentos da existência de uma maneira digna e plena”. (Oskar Mittag).
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