Dia 18 de Fevereiro tivemos a nossa segunda saída de campo. Desta vez visitámos a unidade de Cuidados Paliativos do IPO de Coimbra. Saímos de Fátima bem cedo para estarmos no IPO as 10 horas da manha. A doutora Florbela esteve à nossa disposição durante o resto da manha para responder as nossas perguntas e nos mostrar as instalações.
A doutora Florbela disse-nos que aquela unidade se destinava especificamente para doentes oncológicos que vinham do IPO. Antes de irem para os cuidados paliativos os doentes tinham que fazer cirurgia depois tratamento de quimioterapia e radioterapia e só se tudo isto não resultasse é que estes eram encaminhados para esta unidade. No entanto existem doentes que desistem ou não querem fazer tratamentos de quimioterapia ou radioterapia já que o sofrimento é muito grande e por isso vão logo para os cuidados paliativos. Isto não é muito frequente já que os doentes sabem que as esperanças são muito reduzidas.
Existem poucas pessoas a trabalhar em Cuidados Paliativos porque é uma área pesada, porque se lida com muito sofrimento, apenas com muita dedicação é que conseguem. No entanto também não existe muita formação nesta área e é uma lacuna nos cursos de medicina não haver cadeiras específicas de cuidados paliativos.
A doutora falou-nos de dois modelos de cuidados paliativos: o tradicional e o continuado. O primeiro é o mais usado no entanto é menos recomendado. Neste as equipas paliativas e curativas trabalham em separado ou actua uma ou actua outra. No segundo modelo a equipa curativa e paliativa trabalham em conjunto e à medida que o trabalho de uma equipa diminui o trabalho da outra aumenta. Este sim é o mais recomendado e mais eficaz.
No fim da conversa falou-nos dos diversos tipos de fármacos que eram utilizados, os graus de dor e os diversos sintomas que os doentes apresentavam, causas e formas de os tratar.
No fim fizemos uma visita à unidade, conhecemos as diversas salas que o compunham e as pessoas que trabalhavam lá e visitámos alguns doentes.
“Nós aqui tratamos sintomas e não a doença porque esta já não tem cura” Doutora Florbela
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