Dia 24 de Março tivemos mais uma saída de campo, desta vez ao Hospital Residencial do Mar, na Bobadela. Apanhámos o autocarro na Picolina às 11h40min em direcção a Lisboa, à Gare do Oriente. De lá seguimos para o hospital.
Quando chegámos ao hospital ficámos encantadas com o seu aspecto exterior e depois pelo aspecto interior. O hospital tinha óptimas condições e os seus funcionários eram bastante simpáticos.
Posteriormente, tivemos uma conversa com a enfermeira Isabel Santos. A senhora enfermeira respondeu às questões que lhe fomos colocando, informou-nos de que naquele hospital só existiam 8 capas destinadas à rede nacional, isto é, apenas 8 camas são apoiadas pelo estado, apenas 8 pessoas podem estar naquele hospital sem pagar. A seguir falou-nos dos motivos que levavam as pessoas a ir para aquela unidade; principalmente devia-se a descontrolos sintomáticos, mas também podia ser devido ao desgaste da família. Eram três as doenças que estavam presentes nestes cuidados: doenças não oncológicas como insuficiências ou falências de órgãos e escleroses; demências; e doenças oncológicas, que representam 90% dos casos. A Enfermeira referiu também que os doentes quando apresentavam melhorias iam passar períodos de tempo a casa, já que isso beneficiaria o estado psicológico do doente. Uma das coisas que queríamos saber era se a enfermeira algum dia se tinha deparado com um pedido de eutanásia. Ela disse-nos que sim. Isto só se verifica quando o doente não suporta a situação da família, quer a nível financeiro quer por outro motivo; outro motivo é o descontrolo sintomático, no entanto, quando este é tratado a eutanásia deixa de ser pedida.